A Black Friday sempre traz ofertas tentadoras, mas também aumenta a circulação de produtos falsificados, pela dificuldade em identificá-los frente aos demais. O recente caso de bebidas adulteradas com metanol, que causou intoxicações e mortes em São Paulo, mostra o risco real de adquirir produtos fora de canais confiáveis. Falsificações de bebidas, cosméticos, eletrônicos e até de medicamentos, que não passam por controle de qualidade, podem colocar sua saúde em perigo.
Além disso, há um ponto essencial frequentemente ligado a esse tipo de prática: a violação de Propriedade Intelectual. Produtos que imitam marcas registradas, copiam embalagens ou reproduzem sinais distintivos sem autorização cometem infração legal e, muitas vezes, estão associados a outras atividades criminosas, fortalecendo um mercado paralelo que prejudica empresas e coloca consumidores em risco. Segundo a OECD–EUIPO*, o comércio global de produtos contrafeitos alcançou US$ 467 bilhões em 2021. No Brasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima prejuízo anual de R$ 453 bilhões — cerca de 4% do PIB — resultado direto da pirataria, contrafação e contrabando.
Na hora de comprar, atenção a sinais de alerta:
- Preços muito abaixo da média;
- Falta de avaliações ou informações claras;
- Ausência de nota fiscal; ou
- Perfis novos ou pouco confiáveis em plataformas digitais.
Escolher vendedores oficiais e confirmar a autenticidade do produto é a melhor forma de aproveitar a Black Friday com segurança — e de fortalecer o mercado que respeita a inovação e a Propriedade Intelectual.